Em um mundo no qual 700 milhões de pessoas sofrem de algum transtorno mental ou de, problemas psicossociais, como os relacionados com o abuso de álcool e drogas, precisamos falar sobre Sustentabilidade Emocional.
Muitas empresas estão buscando entender como implementar a sustentabilidade emocional em suas equipes por conta do aumento nos índices de Burnout, afastamento, acidade de trabalho, que estão comprometendo diversas capacidades cognitivas de nossas equipes como memória, atenção e foco.
O que é Sustenbilidade Emocional?
Sustentabilidade emocional é buscar os recursos internos para conseguir equilibrar a saúde mental e as emoções nas mais variadas situações da vida pessoal e profissional.
A sustentabilidade emocional também está relacionada à maturidade que nós temos com nossos sentimentos e emoções. Quanto menos maduros emocionalmente nós somos, mais nós tendemos a responsabilizar o outro sobre os nossos próprios equívocos e ações. Por outro lado, quanto mais maturidade desenvolvemos, mais conseguimos construir relações e conexões genuínas com as pessoas.
Focar no desenvolvimento e trabalhar na maturidade, até porque o mundo tá mudando, a maneira de se trabalhar está mudando. precisamos nos adaptar a isso. estamos querendo voltar ao que era antes, mesmo sem estar preparados. é preciso falar sobre sustentabilidade emocional.
- Buscar os recursos internos para direcionar e gerenciar as relações no trabalho e na vida
- Desenvolver a habilidade de se autoconhecer, compreender e identificar quais emoções são produzidas em cada aspecto de nossa vida
- Estabelecer métodos saudáveis e projetos educacionais estruturais no trabalho que possam assegurar a produtividade sem que isso afete a saúde mental das pessoas
- Garantir habilidades e ferramentas emocionais a partir de recursos internos para lidar com o estresse, ansiedade e burnout
- Aprender a viver em harmonia com nossas emoções positivas ou negativas
- Melhora no clima organizacional e aumento dos índices de satisfação do colaborador
- Mais assertividade nas decisões e produtividade de entregas
- Redução do turnover e da rotatividade das pessoas na equipe
- Crescimento da qualidade do trabalho, geração de resultados e satisfação de clientes
A má saúde mental pode ter um grande impacto sobre os indivíduos, empregadores e sociedades, ainda mais agravados durante a pandemia.
A expansão desses problemas já está nos levando, inclusive, à 4ª onda da pandemia que é gerada a partir do acúmulo de diversos traumas psicológicos e transtornos mentais adquiridos nos últimos meses seja por conta da solidão, do medo de perder o emprego ou pela dor do luto.
Segundo a Associação Brasileira de Psquiatria, 83% dos profissionais do setor que atuam no estado de São Paulo perceberam piora na saúde mental, mesmo de pacientes estáveis, enquanto 67% deles receberam novos pacientes durante a pandemia.
A pior parte é que por muito tempo as empresas negligenciaram falar sobre este assunto tão importante e ainda hoje 53% das empresas não incentivam práticas para aliviar o estresse.
O resultado é um quadro gravíssimo de desestabilidade emocional dos brasileiros, que grande parte estão no mercado de trabalho e fazem parte do quadro de funcionários das empresas:
- 75% dos brasileiros sofrendo com estresse no trabalho
- 44% dos mais de 100 milhões de trabalhadores sofrendo de Burnout
- 12% dos brasileiros sofrendo com depressão – o que nos leva a ter uma taxa de 5,8% de pessoas com a doença, que é maior que a média mundial de 4,4%, segundo a OMS
Diante de um problema tão grave quanto à falta de sustentabilidade emocional de nossos colaboradores, é preciso ir muito mais além do que os programas pontuais de feedback, incentivos como ginástica laboral e premiações por desempenho.
Afinal, como podemos efetivamente garantir que alguém está feliz no trabalho e manter sua sustentabilidade emocional em dia?
As melhores práticas de saúde mental no local de trabalho devem ser integradas a todos os elementos do modelo operacional de uma empresa, incluindo sua cultura organizacional. Há muitas oportunidades e possibilidades para construir uma estratégia eficiente que possa gerar resultados sólidos, como por exemplo:
- Criar um modelo de pesquisa de saúde mental no local de trabalho recorrente, que seja capaz de mapear o estado mental das equipes. Alguns exemplos de modelo de pesquisa: Surveymonkey, QuestionPro e Pulse.
- Estabelecer processos e métodos capazes de garantir mais flexibilidade nos horários de trabalho (com carga horária justa), além de estimular a comunicação aberta entre equipe e gestão.
- Preparar os líderes para que possam estabelecer relações verdadeiras e confiáveis com seus liderados, além de ensinar a eles como identificar problemas de saúde mental e como agir em casos críticos.
- Elaborar um plano de gestão de saúde e de segurança ocupacional que consiga criar consciência dos fatores de riscos e as potenciais consequências, identificar quem pode estar em risco, determinar se as medidas de controle existentes são adequadas ou se algo mais deve ser feito, para prevenir outras doenças e a hierarquizar, priorizar riscos e definir medidas de controle.
- Criar um departamento ou designar um responsável por acompanhar a saúde mental dos colaboradores e os indicadores de felicidade, como um Chief Happiness Officer, por exemplo.
Exemplo de sintomas de instabilidade emocional
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