Um assunto proibido na mídia e um grande tabu entre as famílias do mundo. Estamos falando do suicídio.
No mês de Setembro autoridades de todo mundo, entre elas, o Centro de Valorização da Vida (CVV) e a Organização Mundial da Saúde estão unindo esforços para combater o suicídio.
Segundo dados do CVV, a cada 45 minutos, um brasileiro tira a própria vida no país. E o que é mais assustador: a recorrência de suicídios no mundo é maior entre jovens e adolescentes entre 13 e 19 anos e também entre idosos com mais de 65.
Quais são os sinais de uma pessoa com esta tendência?
Existem diversos sinais que indicam que uma pessoa pode estar sujeita ao suicídio. Observe se esta pessoa está:
– Preocupada com sua própria morte ou demonstra desesperança com frequência
– Fala coisas como “Quero sumir”, “Queria dormir não acordar mais”, “Sou um peso para minha família”, etc
– Não tem autoestima, distorce sua própria imagem ou sempre se culpa por tudo
– Tem um comportamento antissocial e costuma se isolar de amigos e família
– Já passou ou está passando por situações de estresse extremo como: agressão psicológica, física ou sexual, perda de emprego ou de um ente querido, crise econômica, bullyng, recebeu um diagnóstico de doença grave ou se divorciou
– Tem histórico de problemas com álcool ou drogas
– Tem transtorno alimentar
– Mostra descaso com higiene pessoal
– Mostra humor depressivo ou é muito irritado ou triste
– Tem distúrbios de sono como insônia
– Possui poucos recursos para enfrentar problemas graves ou não tem discernimento sobre eles
– Foi exposto(a) ao suicídio e outra pessoa
Possui alguma dos transtornos abaixo:
– Transtornos psicológicos de humor (depressão, distimia e transtorno bipolar)
– Psicose (esquizofrenia, transtorno esquizoafetivo e transtornos delirantes)
– Transtornos de ansiedade (transtorno de estresse pós-traumático, transtorno de ansiedade generalizada)
– Demências (Alzheimer, demência vascular e Mal de Parkinson)
– Transtornos de personalidade (Borderline, antissocial, transtorno da personalidade histriônica e e esquiva)
– Alucinações, delírios, desconfianças excessivas
Como prevenir o suicídio?
1. Superar o tabu
Falar sobre sentimentos é o primeiro passo para começar a detectar tendências suicidas com antecedência. Como este assunto é pouco abordado e costuma ser até evitado por veículos de comunicação e nas famílias, fica muito mais difícil identificar pessoas com estes sintomas.
A própria Organização das Nações Unidas (ONU) recomenda atitudes mais incisivas para combater o problema: desde orientar jornalistas a abordarem o tema até a implementação de programas sociais ou governamentais que possam ajudar os jovens a lidarem com o estresse.
2. Ouvir a pessoa sem julgar seu sofrimento
3. Encoraje-a procurar ajuda profissional
Importante: se necessário acompanhe essa pessoa até o atendimento para garantir sua segurança ou entre em contato com alguém de confiança, indicado pela própria pessoa. E tome cuidado com objetos perigosos que possam estar ao alcance da pessoa como pesticidas, armas de fogo ou medicamentos).
Onde buscar ajuda para prevenir o suicídio?
– CAPS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).
– UPA 24H, SAMU 192, Proto Socorro; Hospitais
– Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita)
– Centro de Valorização da Vida – CVV
O CVV – Centro de Valorização da Vida realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.
A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.