Languishing é um termo em inglês que pode ser traduzido como “apagamento” e nada mais é do que a sensação de estar apenas existindo, com um sentimento de vazio e apatia.
Diferente do que muitos estão discutindo, languishing NÃO é um transtorno, mas sim, um conjunto de manifestações emocionais. Entretanto, isso não diminui sua relevância nos dias atuais, visto que diversos estudos e pesquisas estão sendo realizados para validar as hipóteses e aprofundar mais nesse tema.
Embora o termo pareça ser recente, ele não é! Sua primeira menção remonta ao ano de 2002, pelo sociólogo estadunidense Corey Keyes. Porém, passou a receber mais atenção durante a pandemia do COVID-19.
Um dos fatores que levou ao aumento dos estudos do languishing foi o isolamento social. De acordo com o psicanalista Christian Dunker, as pessoas que vivem muito sozinhas, mantêm pouco contato corporal com outros indivíduos e seguem rotinas muito rígidas são as principais candidatas a desenvolver o languishing.
Os principais sintomas do languishing são:
1- Sentimento persistente de apatia.
2- Estar constantemente no meio termo, ou seja, não se sente feliz e nem triste.
3- Não conseguir ter uma visão positiva: O copo está sempre meio vazio.
4- Sentir-se constantemente desmotivado.
5- Desânimo intenso.
6- Desmotivação.
Você pode pensar que todas as pessoas já se sentiram assim em determinado momento da vida. Verdade! Porém, o verdadeiro problema é quando esses sentimentos se instalam e tomam conta de todos os seus dias.
Adam Grant, psicólogo organizacional, fez um comentário muito relevante em uma matéria do New York Times acerca desse assunto:
“Na psicologia, pensamos em saúde mental em um espectro que vai da depressão ao florescimento. O florescimento é o pico do bem-estar: você tem um forte senso de significado, domínio e importância para os outros. A depressão é o vale do mal-estar: você se sente desanimado, esgotado e sem valor. O Languishing é o filho do meio negligenciado da saúde mental. É o vazio entre a depressão e o florescimento – a ausência de bem-estar. Você não tem sintomas de doença mental, mas também não é a imagem da saúde mental. Você não está funcionando em plena capacidade. O definhamento entorpece sua motivação, interrompe sua capacidade de se concentrar e triplica as chances de você reduzir o trabalho. Parece ser mais comum do que a depressão maior – e, de certa forma, pode ser um fator de risco maior para doenças mentais.”
Esse comentário resume bem o que de fato é o languishing e a sua importância.
Como tratar? Procure um médico, de preferência um psiquiatra ou psicólogo. Além disso, tente aos poucos realizar algumas tarefas que antes você gostava, e foram deixadas de lado. Reconheça suas emoções e os seus limites, e para isso, podemos te ajudar! Siga nosso Instagram: @house_of_feelings.
Atenção: Muitas vezes o Languishing pode ser confundido com o tédio e o Burnout! Por isso, é tão importante estar atento ao que está sentindo. Diferente do tédio que você se anima rapidamente quando surge algum evento ou situação que você goste, o languishing te deixa anestesiado, como se mais nada fosse tão interessante.