O líder tóxico acaba com carreiras, já o líder humano empodera pessoas para irem mais longe.
Mas se você acha que o líder tóxico é apenas aquele que pratica o assédio moral, aí é que você pode se enganar.
Saiba que chefes ‘legais’ super-protetores também podem gerar angústia na equipe e serem tóxicos, mesmo sem perceber. Estas são as conclusões do livro “Liderança tóxica” da brilhante Alessandra Assad.
Alessandra, que inclusive já passou por experiências com líderes tóxicos em sua carreira profissional, nos ensina que liderança tóxica é toda liderança que libera toxinas causadoras de dores físicas e também psicológicas.
Estudo da consultoria BambooHR constata que 44% dos pesquisados alegam ter pedido demissão por causa do “chefe tóxico”, que lhes tirou a motivação de trabalho por uma série de razões. A maior causa (mencionada por 20% dos entrevistados) é o chefe roubar o crédito pelo trabalho feito pelo subordinado, sem reconhecer seu valor (e 63% condenam esse tipo de “estelionato profissional”).
A empresa “Great Place to Work” ou “Melhor lugar para trabalhar” é uma empresa Global de pesquisa. Segundo pesquisa recente, 50% dos funcionários disseram ter pedido DEMISSÃO por causa do gestor imediato.
Dores de cabeça constantes, gastrites e outras dores físicas ou doenças psicológicas como depressão, ansiedade e burnout são sinais de que você pode estar sendo vítima de uma liderança tóxica. Está na hora de quebrarmos o silêncio.
Precisamos intervir e falar sobre nossas emoções antes que seja tarde demais. É possível SIM transformar uma liderança contagiosa em contagiante e contribuir para equilibrar corpo, mente e espírito no ambiente corporativo.
Praticar o autoconhecimento e aprender sobre inteligência emocional são ótimos caminhos para começar a construir lideranças humanizadas!
Aqui no blog, inclusive, já demos algumas dicas de como se tornar um líder que inspira sua equipe. Algumas boas práticas são:
– Cultivar hábitos para se comunicar melhor com a sua equipe
– Criar relações de confiança e tornar seus liderados independentes
– Desenvolver Inteligência Emocional
– Aceitar suas próprias vulnerabilidades
– Criar um ambiente de gentileza no trabalho
– Descobrir o que te move (seu propósito)
Mas afinal, quais são os sinais de que uma liderança é tóxica?
O medo é um dos principais sinais de insegurança e, como você já deve ter adivinhado, um líder inseguro é um líder ansioso – o que o leva, consequentemente à desconfiar das pessoas e ficar em estado permanente de alerta.
Segundo este interessante artigo da Alessandra, quando ativada pelo alarme, o circuito da amígdala ativa postos-chaves do cérebro, orientando os pensamentos, atenção e percepção para o que provocou o medo. “Automaticamente fica-se mais atenta à expressão facial das pessoas que estão ao redor, em busca de sorrisos ou sinais de desaprovação para que se possa interpretar melhor os sinais de perigo.”
No artigo ela ainda cita que na História Renascentista, Maquiavel já aconselhava os príncipes de que era melhor ser temido do que ser amado, uma vez que o medo fabricado fornecia uma poderosa ferramenta para controlar as grandes massas, garantir a lealdade e justificar guerras.
Líderes tóxicos (dissonantes) têm foco em si mesmo, são egoístas, desconfiados, elevando o nível de estresse e os riscos de seus liderados terem doenças como Burnout, depressão, enfarto, derrames cerebrais, Alzheimer, gastrites, úlceras, inflamações crônicas. O foco piora, a produtividade piora. A receita perfeita para o absenteísmo e para o presenteísmo.
O professor e neurocientista Pedro Calabrez cita como um tipo de toxicidade, a desonestidade moral. Com o objetivo de elevar a própria carreira, esse tipo de líder busca destruir outras pessoas usam de mentiras, jogos ardilosos, inveja, intriga, entre outras artimanhas, essas pessoas (que muitas vezes são líderes) se tornam tóxicas em suas empresas.
“Não existe posição mais solitária no mundo que a desonestidade moral. As pessoas farão de tudo para se afastar de você. Se você faz aquele telefone corrosivo no ambiente de trabalho e busca se destacar com a destruição de pessoas, está cavando a própria cova. O mundo atual não tolera mais esse comportamento”, diz o professor.
E você? Já sabe que tipo de líder quer ser? Fale com a House of Feelings para conhecer nossos treinamentos para líderes!