O que você sente é real?
Saiba como diferenciar reações legítimas de armadilhas sentimentais que estão te sabotando intensamente.
Acredite, você tem bem menos controle sobre si mesmo do que imagina ter. Pare para pensar: quantas vezes você realmente dominou o que estava sentindo em situações inesperadas?
Nossas emoções, na esmagadora maioria das vezes, são reações involuntárias que temos passivamente. Alegria, tristeza, amor e raiva, por exemplo, explodem dentro de nós de forma imprevisível.
Somente com um leve exercício de memória lembramos quantas vezes procrastinamos um exercício físico, um estudo, um compromisso, e quantas justificativas demos a nós mesmos para aceitar a própria preguiça.
Um dos ambientes em que mais se manifestam emoções diversas é no trabalho, onde convivemos com os mais variados tipos de pessoas.
Desde as mais compreensivas até as personalidades mais difíceis, a verdade é que a interação humana gera desgaste.
Porém, existe algo que podemos fazer.
Nós não controlamos quando e onde sentimos, mas controlamos sua intensidade. Podemos decidir colocar lenha em nossas emoções ou deixá-las se acalmar. É possível transformar uma pequena tristeza em uma melancolia aguda ou em um desconforto passageiro, se você tiver uma boa inteligência emocional. Falamos muito sobre isso no Instagram: @House_of_feelings.
Existem situações em que nossas ansiedades e inseguranças multiplicam terrivelmente a gravidade das emoções, fazendo-nos sofrer muito mais do que a realidade de fato se apresenta. Controlar o fervor de nossos sentimentos é a única maneira de sermos senhores de nós mesmos.
Quando você passar por um momento estressante e sentir-se mal, pense: “vale a pena dar atenção a isso? Estou no controle me alterando desse jeito?”
Nossa consciência às vezes fica tão desequilibrada que qualquer tentativa de raciocínio acaba deturpada. Esvaziar a cabeça é uma das práticas mais saudáveis que você pode fazer a partir de agora.
Um dos livros mais excepcionais para conhecer a natureza da razão, da emoção e do autocontrole é A Educação da Vontade, de Jules Payot. Um dos maiores pedagogos do século dezenove detalha tudo o que é preciso saber para aprender a lidar consigo mesmo.
Sabendo utilizar esses conhecimentos com sabedoria, a sua eficiência em todas as interações sociais podem se multiplicar assustadoramente.
Nós não controlamos o que acontece em nossa volta, mas somos responsáveis pela forma que reagimos em nosso interior.