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Empresas humanizadas: capitalismo consciente existe mesmo?

“As palavras movem. Os exemplos arrastam”

Essa frase nunca foi tão verdadeira!

O movimento global do Capitalismo Consciente co-fundado por Raj Sisodia, professor da Babson College e John Mackey, CEO do Whole Foods Market, com a premissa central que todo negócio é fundamentado na premissa da troca voluntária.

E quando essa troca voluntária acontece entre quem gera o valor por meio de um negócio e quem se beneficia desse valor gerado estamos falando de um negócio ético, capaz de elevar a nossa existência para além do nível da subsistência. “Alcançamos todo o potencial que temos dentro de nós”, diz Raj Sisodia.

A China e a Índia são exemplos de países que saíram da pobreza graças ao capitalismo. Esse feito não foi alcançado por ONGs ou movimentos religiosos, mas sim pelos negócios.

O grande problema é que as grandes empresas perderam credibilidade e a confiança das pessoas, elas estão “divergindo” da forma como sociedade pensa, afirma o professor.

Essa mudança foi provocada pela evolução do mundo: o muro de Berlim caiu, marcando o fim do conflito entre capitalismo e socialismo do século 20, o ressurgimento do fundamentalismo religioso, o aumento da expectativa de vida, o nascimento da internet e muitos outros acontecimentos mudaram a direção de nossas vidas.

Hoje todo mundo tem acesso a mais informações instantaneamente, não importa sua classe econômica.

Steve Pinker explica por meio de sua teoria (Flynn Effect) que o QI aumenta de 3 a 4% a cada década. Segundo essa teoria, uma pessoa comum hoje é mais inteligente do que 98% das pessoas do mundo de 100 anos atrás. 

Nossa consciência em relação ao direito das mulheres, negros, pessoas com diversas orientações sexuais, trabalho infantil e muitos outros assuntos que costumavam ser tabu na sociedade também evoluiu.

É nesse momento que as empresas humanizadas e com propósitos nobres ganham vantagem.

Um estudo feito pela primeira vez no Brasil mostrou que essas empresas não apenas têm mais rentabilidade, como também têm 132% mais satisfação de seus stakeholders.

A pesquisa foi feita com diversas empresas brasileiras e mapeou mais de 1000 companhias e coletou mais de 136 mil avaliações de colaboradores.

A conclusão é que o capitalismo consciente traz resultados consistentes para as empresas que refletem sobre os valores e o propósito que querem entregar à sociedade produtos e serviços baseados na ética e em um propósito maior.

Este propósito é resultado da combinação entre o que os talentos buscam e o que o mundo está precisando. Quando estas duas coisas se juntam nasce a vocação da organização, sua razão de ser, seu motivo de existir e como isso impacta a vida das pessoas. O propósito é o que inspira as pessoas, o que as leva a entregar aquilo que os stakeholders pedem.

Outros dois motores que movem as empresas humanizadas e faz o capitalismo consciente se tornar possível é a liderança e a cultura consciente. 

 A liderança é, por vezes, o calcanhar de Aquiles das empresas. Não há mais espaço para líderes autoritários, que subjugam seus liderados. Estes gestores precisam se basear em propósito para inspirar as outras pessoas. Precisam cultivar cuidado e compaixão.

“Os verdadeiros líderes despertam os pontos fortes das outras pessoas e constroem uma cultura na qual mais pessoas desejam se tornar líderes. Eles estão à disposição para servir e contribuir como uma causa nobre e um propósito muito maior”, diz o estudo.

Natura e Albert Einstein são exemplos de empresas que se preocupam com suas lideranças.

A Cultura engaja e unifica positivamente os membros de uma empresa em torno de valores e princípios, formando o tecido social do negócio. “Cada um deve ser considerado em sua individualidade. Devemos respeitar sua dignidade e reconhecer seus méritos. Eles devem sentir-se seguros em seus empregos”, diz a pesquisa.

Para incentiva uma cultura responsável que dê base para o comprometimento dos colaboradores com o propósito do negócio é preciso reunir 7 qualidades nas empresas:

Trust (Confiança)

Authenticity (Autenticidade)

Caring (Cuidado)

Transparency (Transparência)

Integrity (Integridade)

Learning (Aprendizado)

Empowerment (Empoderamento)

“A remuneração deve ser justa e adequada o ambiente de trabalho limpo, ordenado e seguro. Devemos ter em mente maneiras de ajudar nossos empregados a atender às suas responsabilidades familiares. Os colaboradores devem sentir-se livres para fazer sugestões e reclamações. Deve haver igual oportunidade de emprego, desenvolvimento e progresso para os qualificados”, diz o estudo.

Por fim, o estudo deixa algumas questões para reflexão. Sua empresa está atendendo às necessidades de seus clientes de verdade? Os seus líderes acreditam mesmo no seu propósito? Entre outras perguntas. Vale a pena conferir abaixo:

E você? Acredita no capitalismo consciente? O que você faz para tornar sua empresa um lugar melhor para seus colaboradores e como ela contribui para tornar o mundo melhor?

Escreva para nós e deixe seu depoimento! Nosso e-mail: oi@houseoffeelings.com

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